Dor

Abordar o tema da dor é sempre subjetivo, tão subjetivo como o facto de cada um de nós sentir a dor de forma diferente, com diferentes intensidades e inúmeras descrições. Importa, começar pela definição de dor que é internacionalmente reconhecida e descrita pelo International Association for the Study of Pain: a dor é uma experiência multidimensional desagradável, envolvendo não só um componente sensorial, mas também um componente emocional, e que se associa a uma lesão tecidular concreta ou potencial, ou é descrita em função dessa lesão.

Como identificar?

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Na análise da dor há que saber como distinguir entre dor aguda e dor crónica. A dor aguda, um sintoma limitado no tempo que pode e deve ser controlado, pode até, por vezes, ter consequências benéficas para o organismo na medida em que é um sinal de alarme que avisa da ocorrência de um traumatismo, uma queimadura, um derrame articular ou uma úlcera gástrica, por exemplo. Neste contexto, a dor torna-se um importante sintoma no diagnóstico de várias doenças. A dor aguda é a principal causa de procura de cuidados de saúde pela população em geral.  Em suma, a dor aguda é um mecanismo sinalizador e pode até ajudar a diagnosticar a causa que lhe está subjacente.

A dor crónica é geralmente definida como uma dor persistente ou recorrente durante pelo menos 3-6 meses, que muitas vezes persiste para além da cura da lesão que lhe deu origem, ou que existe sem lesão aparente. Esta dor deve ser encarada não como um sintoma, mas antes como uma doença por si só. A dor crónica na população adulta portuguesa excede os 30% de prevalência, sendo que se considerarmos apenas a dor de intensidade moderada a forte essa atinge mais de 14% dos portugueses.

A dor crónica não tem qualquer vantagem para o doente, pelo contrário, tem um impacto negativo que vai muito além do sofrimento que causa. Para além das repercussões na saúde física e mental da pessoa – provoca frequentemente insónias, ansiedade e depressão – este tipo de dor pode originar alterações do sistema imunitário e a consequente diminuição das defesas do organismo e aumento da suscetibilidade às infeções. Um impacto que não afeta apenas a pessoa com dor, mas envolve também familiares, amigos, cuidadores e elevados custos económico-sociais.

E há que não descurar as implicações socioeconómicas da dor crónica pois elas são bem significativas quer no que respeita a custos diretos como o frequente recurso aos serviços de saúde e as despesas com as terapêuticas, quer a nível de custos relacionados com a incapacidade, perda de produtividade, absentismo, atribuição de compensações e subsídios.

Por todos estes motivos a abordagem da pessoa com dor crónica deve ser baseada na melhor evidência científica com o objetivo de prevenir e controlar a dor e melhorar a qualidade de vida e capacidade funcional.

 Como tratar?

O tratamento da dor deve ser feito fundamentalmente nos cuidados de saúde primários, ou seja, através dos médicos de família. Estes profissionais de saúde estão habilitados a diagnosticar e tratar a grande maioria das patologias dolorosas – destaque-se que existem estudos que indicam que a dor crónica mais frequente é a lombalgia, ou seja, as dores de costas – dispondo para o efeito de um vasto leque de opções terapêuticas, desde os medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, passando por opções de tratamento mais fortes e para casos mais graves (opioides fortes como a morfina, por exemplo) ou outro tipo de opções que proporcionem um eficaz controlo e alívio da dor, como sejam a fisioterapia e outras terapêuticas complementares.

Como já se referiu, existe uma grande variabilidade na perceção e expressão da dor face a uma mesma estimulação dolorosa. Como tal, a avaliação e registo da intensidade da dor, pelos profissionais de saúde, tem que ser contínua e regular – à semelhança do que se faz com os quatro sinais vitais (frequência respiratória, frequência cardíaca, pressão arterial e temperatura corporal) – de modo a otimizar a terapêutica e melhorar a qualidade de vida da pessoa com dor. A Direção Geral de Saúde considerou, em 2003, a dor como um quinto sinal vital que deve ser alvo de avaliação e registo regular de intensidade por parte dos profissionais de saúde. Para avaliação da intensidade da dor existem diversas escalas que podem ser utilizadas, entre as quais a “Escala de Faces” em que o doente classifica a intensidade da sua dor de acordo com a mímica representada em cada face desenhada, sendo que à expressão máxima de felicidade corresponde a classificação “Sem Dor” e à expressão máxima de tristeza a classificação de “Dor Máxima”. 

 

Os vários tipos de Dor

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Fibromialgia

Lombalgia é o nome técnico para a dor na região lombar. É muito comum e, na maioria dos casos, não é grave e melhora com o tempo. É uma zona que suporta o peso do corpo e está sujeita a esforços adicionais sempre que se carregam pesos ou realizam movimentos repetidos de flexão ou rotação do tronco.

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Lombalgia

Lombalgia é o nome técnico para a dor na região lombar. É muito comum e, na maioria dos casos, não é grave e melhora com o tempo. É uma zona que suporta o peso do corpo e está sujeita a esforços adicionais sempre que se carregam pesos ou realizam movimentos repetidos de flexão ou rotação do tronco.

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Articulações Inflamadas

A inflamação das articulações ocorre geralmente associada a edema (inchaço), rubor (vermelhidão na pele) e calor nas articulações. Alguns tipos de artrite podem afectar diferentes partes do corpo sendo que caminhar é geralmente um dos primeiros sintomas a aparecer.

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Quando as articulações estalam

No dia a dia, as articulações, quando sujeitas a alguns movimentos normais que fazemos, podem emitir uma variedade de sons: estalos, crepitações ou sons semelhantes à moagem.

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Dor na Gravidez

A gravidez por si só é um período de grandes alterações hormonais com grande impacto na saúde da mulher e modificações a nível corporal.

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Dores ao acordar

As frequentes dores ao acordar geralmente, por si só, não têm significado patológico a não ser se associadas a outros sintomas.

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Dores nas Ancas

A dor na anca não é por si só um diagnóstico médico mas resulta de um distúrbio muscular e do esqueleto que, dependendo das características da dor, poderá ter diferentes significados podendo estar associada a diferentes patologias.

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Dores nos Cotovelos

A dor no cotovelo não é por si só um diagnóstico médico mas resulta de um distúrbio muscular e do esqueleto que, dependendo das características da dor, poderá ter diferentes significados podendo estar associada a diferentes patologias.

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Dores nos Ombros

A dor nos ombros é dos sintomas do foro muscular e esquelético mais comuns entre a população portuguesa. Pode ser uni ou bilateral e em geral tem muita relação com a atividade profissional, seja por postura de trabalho, seja por um gesto repetitivo que acaba por desencadear a doença.

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Dores nos Braços

A dor num ou em ambos os braços é uma queixa muito comum e pode advir de diversas patologias distintas. Desde doenças musculares e esqueléticas da cervical, ombro, cotovelo ou punho, todas são causas possíveis de dor no braço.

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Dor nos Tornozelos

A dor nos tornozelos é um sintoma que pode estar associado a diferentes patologias. Geralmente as características da dor e outra sintomatologia acompanhante tendem a auxiliar o diagnóstico. Assim, muitas das vezes, a dor pode surgir ao mesmo tempo que edema (inchaço), calor e rubor.

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Dor nos Pés

A dor nos pés é um sintoma muito frequente e que por si só poderá surgir em diferentes contextos podendo resultar de uma sobrecarga excessiva sobre os músculos, tendões ou articulações dos pés.

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Dores nos dedos das mãos

A dor nos dedos das mãos é um sintoma e não um diagnóstico médico por si só mas resulta de um distúrbio muscular e do esqueleto que, dependendo das características da dor, poderá ter diferentes significados podendo estar associada a diferentes patologias.

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Dor nas Mãos

A dor nas mãos é um sintoma e não um diagnóstico médico por si só mas resulta de um distúrbio muscular e do esqueleto que, dependendo das características da dor, poderá ter diferentes significados podendo estar associada a diferentes patologias.

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Dores no Corpo

Dores no corpo são um sintoma comum de muitas condições. A gripe, por exemplo, é uma condição que origina muitas queixas de dor no corpo todo. As dores no corpo também podem ter origem em muitas das ações do quotidiano como permanecer de pé ou sentado por longos períodos de tempo, abusar do exercício físico ou fazer esforço em demasia.

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Dores Musculares

A dor crónica músculo-esquelética é a Dor Muscular local ou geral. É um tipo de dor incaracterística, que frequentemente apresenta a rigidez matinal prolongada.

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Dor nas Pernas

Nem sempre as dores nas pernas têm uma causa óbvia e embora muitas vezes se resolvam com alguma naturalidade e tratamento caseiro são sempre um incómodo para quem sente dor aquando em repouso ou durante o movimento.

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Dor Ciática

Para compreender a dor ciática há que perceber primeiro o que é o nervo ciático, o nervo mais longo do nosso corpo que vai desde a região lombar da coluna até aos pés, passando pelos glúteos, coxas e pernas. A dor acontece principalmente quando este nervo inflama, sofre lesão ou é comprimido.

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Dor nas Costas

A Dor nas Costas é uma das queixas mais frequentes nos adultos, uma das principais causas da visita ao médico e de ausência ao trabalho (absentismo laboral). É a dor nas costas, dor lombar, ou lombalgia, que nos países desenvolvidos afeta cerca de ⅓ da população.

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Dor no Joelho

A Dor no joelho é um sintoma relativamente comum, que pode afectar pessoas de várias idades. As causas da dor de joelho são variadas e extensas, podendo incluir as lesões, como ruptura de ligamentos ou meniscos; excesso de peso; artrose; infecções, gota, entre outras.

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 Referências:

1.      ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA O ESTUDO DA DOR. Definições sobre a dor. Consultado em 02.10.2019,

2.      DIRECÇÃO GERAL DE SAÚDE. Programa Nacional para a Prevenção e Controlo da Dor 2017. Consultado em 02.10.2019