Basquetebol e as Articulações

basquetbol-articulacoes.pt.jpg

O nome desta modalidade desportiva vem do inglês basketball e significa literalmente «bola no cesto». É um dos desportos mais populares do mundo e um desporto olímpico desde os Jogos Olímpicos de Verão realizados em 1936 em Berlim, na Alemanha. O basquetebol foi criado nos Estados Unidos, Massachusetts, pelo professor de educação física James Naismith de modo a que os jovens pudessem praticar um desporto em local fechado durante os invernos rigorosos naquela cidade, que impediam a prática do Basebol e do Futebol Americano.

É um jogo disputado por duas equipas de 12 jogadores (5 em campo e 7 suplentes) que tem como objetivo passar a bola por dentro de um cesto (dois cestos colocados nas extremidades do campo) seja em ginásios, pavilhões desportivos ou em campos ao ar livre. Os aros que formam os cestos são colocados a uma altura de 3 metros e 5 centímetros. Os jogadores podem caminhar no campo desde que driblem (batam a bola contra o chão) a cada passo dado.

O basquetebol dos dias de hoje nada tem a ver com a atividade criada em 1891 por James Naismith, pois atualmente a elevada velocidade e agressividade imposta à prática desta modalidade desportiva predispõe os atletas a um permanente e elevado risco de desenvolvimento de lesões. Estima-se que a cada ano ocorram 1,6 milhões de lesões associadas ao basquetebol.  

Em boa verdade, o contacto físico existente entre atletas de grande estatura durante um jogo de basquetebol e as frequentes torções e mudanças de velocidade que o jogo exige aumenta o risco de lesão nos adeptos deste desporto. Estudos internacionais têm demonstrado que nos jovens o risco de lesão é baixo, mas aumenta com a idade dos praticantes e com o nível competitivo.  

Neste contexto, as lesões mais frequentes em basquetebolistas são as que afetam as extremidades dos membros inferiores (tornozelo, joelho e pés são as zonas mais afetadas) e, entre estas, a entorse do tornozelo é sem dúvida a mais frequente no basquetebol de competição e também aquela que obriga a mais tempo de paragem.

Diversos estudos referem que as lesões músculo-esqueléticas mais frequentes em basquetebolistas são contusões, roturas ligamentares e musculares, inflamações músculo-tendinosas, fraturas e luxações. A justificação para este tipo de ocorrência e prevalência tem a ver com as particularidades específicas de um jogo de basquetebol: um jogo de grande contacto físico, que privilegia a força explosiva, praticado em espaços físicos reduzidos e durante o qual são exigidos movimentos que requerem bruscas mudanças de velocidade e direção, rotações súbitas e inúmeros saltos.

Mesmo no basquetebol recreativo, as entorses representam o tipo de lesão mais frequente ou o segundo tipo de lesão mais frequente, apenas antecedido (por vezes) pelas contusões. As entorses representam ¾ de todas as lesões do tornozelo ocorridas no basquetebol. 

Os dedos da mão também são alvo de lesão durante um jogo de basquetebol, a que não será alheio o peso da bola. Os jogadores, pela enorme quantidade de saltos que são obrigados a executar durante um jogo, sofrem também, muitas vezes, de dor lombar, ou lombalgia. 

Para a prevenção de lesões desportivas, no basquetebol ou em qualquer outra atividade física, deve-se sempre respeitar os limites do organismo e não ultrapassar as suas capacidades morfológicas e funcionais, cumprir as regras do jogo e usar bom senso quanto baste, fazendo sempre um adequado aquecimento e alongamentos no final do jogo.

 

Referências:

STOP LESÕES NO DESPORTO ONLINE. Disponível em http://www.stoplesoesnodesporto.com/index.php?module=texts&smodule=list&id=143. Consultado em 01 novembro de 2019.

Maria António Ferreira de Castro. «Lesões no basquetebol português». Disponível em «https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/745/1/MariaAnt%C3%B3nioCastroTeseDoutoramentoMotricidadeHumanaEspecilidadeFisioterapia.pdf. Consultado em 01 novembro de 2019.

Anterior
Anterior

Futebol e as Articulações

Próximo
Próximo

Andebol e as Articulações